Você pode pensar que o desenvolvimento do seu bebê (como aprender a rolar, engatinhar e andar) e seu crescimento não tem nada a ver com o sono, mas a verdade é que caminham juntos! Existem alguns aspectos naturais do próprio desenvolvimento que interferem no sono dos pequenos. O primeiro deles são os saltos de desenvolvimento.

Os saltos de desenvolvimento são aquisições de habilidades funcionais específicas que ocorrem em determinados períodos. O ritmo de desenvolvimento não é constante: há alguns períodos de desenvolvimento acelerado e outros onde há uma desaceleração. Toda vez que o bebê desenvolve uma nova habilidade, ele fica tão excitado e obcecado com a conquista que a quer praticar o tempo todo, inclusive durante o sono. Em outras palavras, um dos “efeitos colaterais” desse trabalho todo que o cérebro dos bebês está fazendo é não dormir tão bem quanto dormem em períodos em que não estão trabalhando em dominar uma nova habilidade. Muitas vezes eles podem até resistir às rotinas já estabelecidas.

O segundo aspecto que interfere no sono dos bebês são os picos de crescimento. Os picos de crescimento são fenômenos que se referem ao crescimento do bebê em si, e não ao seu desenvolvimento. Nos períodos de picos os bebês começam a solicitar mais mamadas do que o usual, pois precisam de mais alimento para crescer nesse ritmo agora mais acelerado. Então o bebê que dormia longos períodos à noite pode começar a acordar mais e solicitar mais mamadas.

O terceiro aspecto é a ansiedade de separação. A partir de 6 a 8 meses, em média, o bebê começar a perceber que é um indivíduo separado da mãe. Essa descoberta lhe traz angústia e pânico, então ele tende a solicitar muita atenção da mãe e pode chorar mais que o usual.

Todos os fenômenos são importantes e podem alterar o sono do bebê, mas é confortante saber que carinho, apoio, amor, colo, empatia e amamentação em livre demanda, independente da fase que se encontra, é o que o bebê precisa.