Essa é uma pergunta bastante frequente dos pais e familiares. Estamos sempre buscando resolver problemas e conflitos e isso não é diferente no processo de educação.

Toda a nossa energia acaba ficando voltada para descobrir e depois resolver o problema das crianças. Quando esse problema não é encontrado nas crianças, caímos na armadilha de colocar o problema nos pais e muitas vezes na escola. A grande questão é que sempre estamos na busca de quem é o responsável ou causador do problema.

Convido vocês a pensarem a família como um mini sistema. E como em qualquer sistema, há momentos de desequilíbrio e conflito. O nosso desafio é encontrar o ponto de equilíbrio.

Quando esse sistema está em desequilíbrio normalmente as crianças são o grande holofote, porque elas são mais sensíveis e mostram isso de muitas formas, com birras, brigas entre os irmãos, dificuldade na escola, entre outros. Entretanto, esse desequilíbrio atinge toda a família e aparece em todas as partes. Os pais ficam irritados, impacientes, brigam entre si e com as crianças.

Ao invés de olharmos para esse desequilíbrio familiar, acabamos atribuindo o problema às crianças. Esse movimento faz com que os pais se isentem da responsabilidade que tem nesse importante sistema e isso, muitas vezes, acaba agravando “o problema” da criança.

Ao invés de buscar o problema, devemos compreender as situações para que a família possa junta, como um time, se responsabilizar e não isolar o problema em uma única pessoa. Quando um membro da família não está bem, há uma quebra na harmonia e os conflitos aparecem.

O importante é tomarmos consciência desse movimento, cuidar disso todos os dias e pensar muito mais na responsabilidade de todos do que a busca do responsável pelo problema.