Apesar de terem a intenção de estarem do mesmo lado, algumas vezes, escola e família caem na armadilha de se defenderem uns dos outros. Isso ocorre porque os pais observam aspectos dos filhos dentro de casa, com a família, e a escola observa a criança por outros aspectos, o da relação social, o do desenvolvimento cognitivo e corporal.

Quando os pais e a escola sentam para conversar, cada um observa e fala de um aspecto da criança. As dificuldades observadas são diferentes e, se a postura é de querer estar certo e ter razão, a criança não está sendo olhada de uma forma correta.

Estabelecer uma relação de parceria entre escola e família cria uma oportunidade de ampliar os aspectos que enxergamos das crianças, cria uma oportunidade de conhecê-los ainda mais e juntos buscar uma solução.

Ao adotarmos essa postura, passamos a ajudar ao invés de criticar, pois ambos estão com o mesmo objetivo e do mesmo lado: preocupados com o desenvolvimento, aprendizado e crescimento das crianças. Dessa forma, a criança se sentirá mais segura e apoiada para enfrentar qualquer desafio que apareça, tanto em casa, quanto na escola.

Quando consideramos o outro, significa que eu o respeito e o escuto, dessa forma, a conversa não passa mais por esse lugar do desconforto e da defesa. O diálogo é estabelecido e juntos, escola e família, passam a observar qual são as reais necessidades dessa criança e qual caminho devem seguir.